domingo, 29 de agosto de 2010

Até quando fauna e flora irão aguentar?

Foto tirada no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, dia 29/08/2010

O fogo ajudou muito na evolução humana, mudou completamente o ritmo de vida, tornou o "homem poderoso". Este fogo aquece, cozinha, ilumina, protege, mas também destrói e mata.

As mudanças climáticas em nosso planeta são realidade comprovadas cientificamente e um dos fatores para esta mudança é a queimada desordenada de nossas florestas.

Ate´quando nossa fauna e flora irão suportar?? Todo ano acontece a mesma coisa, o fogo destrói parques inteiros.

A fauna e flora do Cerrado são ricas, cada bioma com seu espetáculo, mas se continuar do jeito que está talvez crianças do futuro não conhecerão mais espécies deste bioma.

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está em fogo, a mais de uma semana tudo queima, tudo está se transformando em brasas, cinzas, você já parou para pensar quantas espécies podem ter morrido?

Na maioria das vezes o fogo é causado pela ação humana, seja pelo homem que não se preocupa em jogar o lixo no lugar certo (bituca de cigarro) ou pelo agricultor, que sem planejar põe fogo e perde o controle.

Os seres humanos precisam reverter esta situação, necessitam mudar suas atitudes, os programas existentes para conscientizar a população são poucos, é preciso investir mais, começar pela educação, inclusive com as crianças, elas são abertas ao mundo, como disse Rubens Alves: "Quero ensinar as crianças, elas ainda têm olhos encantados. Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra." Já pensaram no poder de uma criança se conscientizada para conservar e preservar a natureza?


Foto/texto: Iraci Romagnolli

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pantanal




A vida é um mistério
Muito linda de se viver
Tudo vem da mão divina
Mas tem gente que não vê
Pensa que é fantasia
E esquece que um dia
Tudo pode se perder.

O nosso planeta Terra
Que Deus fez tudo normal
Colocou os seres vivos
Com liberdade total
Desenhou as verdes matas
Com lindos rios e cascatas
E o nosso Pantanal.

Fonte de tantos peixes
Piraputanga e pacu
Piranha, bagre e cachara
Também pintado e jaú
Olhamos de lado
Vemos o voo desajeitado
Do famoso tuiuiú .

Bem longe ouvimos o pio
Do pequenino inhambu
O ronco de um bugio
E a corrida do tatu
O socó enciumado
Ao ver o quanto é delicado
O voo da arara azul.

Quando chega a tardizinha
Antes de anoitecer
A passarada procura
Meio de se proteger
Enquanto lá no terreiro
Do rancho, o pantaneiro
Canta para agradecer .

Ele agradece o criador
Que fez todo o universo
E nos deu a inteligência
Para produzir o progresso
E o pantaneiro coitado
Em um berço mal forrado
Dorme e sonha com o sucesso.

Garça branca entusiasmada
Com o cantar da juriti
As araras se misturam
Com as folhas do buriti
Se existe felicidade
Não está na grande cidade
Pode crer que mora aqui .

E quando chega a madrugada
Antes de clarear o dia
O pantaneiro se desperta
Com os pássaros e harmonia
Ele se orgulha em dizer
Esse lugar ao amanhecer
É uma fonte de alegria.

Quem vive no Pantanal
Feliz pode orgulhar
Todos que vem conhecer
Tem vontade de ficar
Em meio a tanta beleza
Sinto que a mãe Natureza
Vive aqui neste lugar.

Autor: Carmezindo Pereira da Silva

Foto: Iraci Romagnolli Dias

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Liberdade


Voa biguá...
pelo céu azul
do Pantanal.
Ao sabor dos ventos
e dos cheiros...
Seu canto e voo são livres...
Contemplando a liberdade e
encontrando a felicidade.
Voa biguá... Voa biguá...

Autora: Iraci Romagnolli




Biguá




Ave aquática, de cor preta com olhos verdes claros, é exímia nadadora.
Mergulha em busca de alimento que são os peixes, ao mergulhar suas penas perdem parte da impermeabilidade ficando molhada. Esse voo para sair da água é lento e difícil. Para continuar voando em busca do alimento fica exposta ao sol sobre as árvores à beira da água.
Sua reprodução tem início no período das cheias e ocupam os ninhais coletivos.

Texto/Foto: Iraci Romagnolli
Fonte: DIAS, Iraci C. Romagnolli. FERREIRA, Teresinha H. da S.
Bichonário do Pantanal. Cuiabá, MT:Tanta Tinta, 2008
ANTAS, Paulo Tarso Z. Pantanal: Guia das aves. RJ: SESC, 2004.